domingo, 15 de julho de 2012

1º ano - do porão ao jardim do castelo

                    Hoje faz um ano que lhe conheci. Me lembro de ter voltado para casa flutuando de êxtase. Afinal, talvez fosse você o grande amor da minha vida. Encantada, não via a hora de lhe ver novamente, o que, certamente, para o meu deleite, já seria no dia seguinte.
Você trouxe cor para uma vida que nos últimos anos estava sendo pincelada apenas por alguns traços de diversos tons cinzas.  
De lá para cá, num contato mais direto, ou distante, em razão da sua viagem de tantos meses, aconteceram tantas coisas! E, num "balanço", percebo que muitas coisas mudaram, principalmente comigo. Muitas por força das circunstâncias alheias e inevitáveis da nossa rotina extenuante. 
Outras, atribuo-as a você e a mim mesma.
Eu mudei! Estou mais madura e feliz por saber que esse processo irá continuar e, por que não dizer, humildemente, até então, graças também a você!
Lembra a máxima de que "ninguém muda ninguém"? (numa análise filosófica, "uma  mínima", pois mostra-se construída por contextos fragmentados com limitados significantes fundados em meras deduções) e..., tão facilmente questionável, pois depende de "quem" e "para quem", e também, principalmente, dos sentimentos enraizados no liame que une um ao outro. Não se trata aqui de uma transformação ao bel prazer do outro, mas sim de uma involuntária adaptação...
Lembremos que transformações  provocadas também geram reflexas respostas dadas pelas nossas idiossincrasias, não é mesmo? 
Voltando à razão para a presente postagem,... o fim do primeiro ano do que poderia ser o resto de nossas vidas..., considerando as grandes barreiras existentes entre nós, hoje visíveis, ainda que possam ser apenas imaginárias, ou não..., elas podem, sim, ser verdadeiras, mas transponíveis pela providência Divina; só me resta esperar que tudo seja conforme a Sua Santa Vontade. E para você, ainda guardarei o amor...      

 
Os cegos do castelo - Titãs